Desenho do Pedro – meu filho de 4 anos e nove meses.
Outro dia li em uma revista dessas de negócios uma frase que me incomodou.
” O pato nada, voa e anda, mas não faz nada direito.”
A frase tinha como objetivo discutir a importância do foco na vida profissional dos leitores. Enquanto escrevia essas linhas fui procurar a autoria da frase, depois de alguns segundos (viva os sites de busca) vi que se tratava de um ditado popular, mas que logo foi dada para algum bam-bam-bam da administração.
Primeiro, quero saber quem perguntou ao pato se ele está ou não satisfeito com o que ele faz. Além do mais comparar o que o pato faz com outros animais é quase uma temeridade.
Ele anda. Tá certo que é meio desengonçado se comparado com o nosso caminhar. Mas quero saber se para uma ave que também voa e nada ele não anda bem? Não dá para fazer longas caminhadas na montanha, mas anda – cumpre bem seu papel.
Ele Voa. Não é o vôo de uma águia, muito menos aquele planar elegante do urubu, mas voa. Vai de um ponto ao outro voando, no ar. Já imaginou? Ele voa e experimenta a sensação de não tocar o chão enquanto se desloca no espaço.
E ele nada. Nesse ponto acho que o dito popular se engana. Se é que isso é possível. Penso que o nadar do pato é sem dúvida nenhuma muito bom, acima da média mesmo. Eu queria deslizar como ele na água.
Divido minha louca vida profissional em ensino, arquitetura e design. E tento manter o foco, não em uma das áreas mas na vida. Nenhuma delas é mais importante que viver bem. Acho que é isso que o pato pensa.
Ele queria dizer q o Pato não faz Direito. Direeeito! Que ele não tem faculdade. Pufs!
Alb!
você esqueceu “música”!
Alb,
Eu não ousaria colocar a música como atividade profissional…rs…
O fato de o pato possuir três meios de locomoção mostra que ele é ‘flex”, imagine que privilégio poder nadar como ele sem molhar o cabelo, voar eu não digo porque tenho medo de altura. Bom, mas o que me chamou a atenção é que no final tem uma frase que digo a mim mesma todos os dias, ‘pare de reclamar’, tem pessoas em estado pior do você! Outro dia fomos visitar a região do parque Oeste em gyn, nas casas populares que o governo do Estado construiu, meu Deus, me senti num campo de concentração em Auschiwitz, porque foram colocadas tantas famílias num lugar tão inóspito e sem infra-estrutura básica como asfalto, saneamento de água e esgoto e escoamento da chuva? De que adianta combater a dengue se no local que eles fazem as casas pré-moldadas há tijolos furados, tambores sem tampa e lonas cheios de água. É muita falta de humanidade do politiqueiro inescrupuloso e calhorda colocar aquelas famílias ali. Parece de propósito para que eles morram por ali mesmo, estou indignada, muito indignada porque me coloquei no lugar deles: e se fosse eu? Eu sou uma privilegiada, faço parte de uma elite e não consigo esquecer essa cena, vou levar no meu coração e na minha mente pra sempre! Se nós não questionarmos a situação vamos ser engolidos pelo governo em suas diabólicas ações, digo isso porque não reclamamos dos impostos e o pior, não estamos vendo mudança com o nosso dinheiro suado. Obrigada pela oportunidade. Aline Ribeiro Rosa – 8ºp. Arquitetura e Urbanismo-UEG.
Aline,
Legal ver você por aqui. Obrigado por esses e outros comentários. Concordo com todas as suas observações, e que a nossa preferência seja sempre pelo pato “flexível” que você se referiu, e nunca pelo “pato” que aceita as injustiças desse mundo sem indignação e vontade.
Abraço.
Se quer saber minha opiniao – não q seja importante – é de q o pato tá certissimo em fazer tudo. Imagine: de fome ele nao morre, pq nadando comove criancinhas q jogam pipoca e pao pra ele; sempre acha excelentes locais para seus ninhos, uma vez q pode procura-los andando ou voando; por fim, tem capacidade de fugir de predadores, independentemente do meio em q se encontrar. Além disso tudo, carne de pato é horrivel, entao poucas pessoas se atrevem a comê-los. Por fim, quem disse q pelo fato de ser ave ele precise se especializar em algo, como rapina, canto ou ornamentação?! E se ele gosta de ser simplesmente um pato, q anda, nada e voa mal, e ainda por cima tem o poder de levantar polemica!! Deixa o pato ser feliz!
E VIIIIIIIIVA OS PATOS!
abraços
Priscila,
Gostei da sua visão dos Patos.
VIVA OS PATOS….
Oi, também faço Arquitetura, mas na cidade de Campo Grande, MS. Gostei da sua forma de escrever e transmitir nas entre linhas muito mais que palavras misturadas. De todas as histórias a do pato foi a minha predileta.
Fiz este pequeno embrólio ao ler o seu post! Descobri que sou uma pata, melhor do que ser outros bichos do terreiro…rsss
"
P Da Vida
O que o pato pensa? –
Pensava a pena.
Será que valho a pena? –
Pensava o pato.
Quem pensa pena! –
Pensava a pedra.
E quem não pensa?
Paga o pato
E fim de papo!
Tallu Ferandes
Adorei o seu embrólio poético.
Certeza que vai virar um post.
Obrigado pela visita ao meu blog e já andei pelo seu…fantásticas poesias.
Viu a seção de arquitetura e poesia?
Abraço.
Oi Mel, só hoje vi seu comentário aqui no blog.
Desculpe a demora, mais de um ano…
Obrigado pelos elogios. Viva os patos.
Obrigada pela visita à ilha..rs. Li poesias lindas também na sua seção especial…arquitetura e poesia são irmãs por afeição. Seu blog foi um dos mais úteis, instrutivos e divertidos que encontrei nessa minha pesquisa que visa a encorajar-me a fazer o curso de Design de Interiores. Sobra vontade, falta coragem de mudar de rumo. Por isso é bom encontrar pessoas que sirvam de estrela-guia como você. De coração, um abraço.
Bacana !
Eu que agradeço o elogio.
Se precisar de mais informações sobre o curso sou professor na UFG onde há o curso de design de interiores. Não sei muito sobre a área – eu como pato – atuo também desenhando alguns móveis e fazendo outros arranjos de ambientes.
Abraço e bons ventos para novos rumos.
Bom dia….
Concordo com o pato baseado no que meu pai me dizia quando criança.
"meu filho, um homem precisa saber fazer de tudo um pouco". Essas palavras sempre ficaram na minha mente. Agora com fazendo relação com o pato, realmente meu pai sempre esteve certo.
Caro Gesley, agora estou curioso para saber o que o seu pai falou sobre o pato…rs
Professor, coaduno com o seu ponto de vista acerca do pato e me impressiona a visão míope do administrador.
O pato como você mesmo disse, é um ser multifacetado e extremamente contemporâneo.
Além de voar, voa em grupo e é capaz de percorrer longas distâncias revezando a liderança da revoada.
Quando nada apresenta sublime serenidade à superfície, entretanto sob a água as patas em turbilhão. Autocontrole absoluto.
Por fim, é capaz de alçar voo à partir da água!
Para uma perspectiva bípede, onde a andar tem como auge a corrida, voar é algo intangível.
Professor, coaduno com o seu ponto de vista acerca do pato e me impressiona a visão míope do administrador.
O pato como você mesmo disse, é um ser multifacetado e extremamente contemporâneo.
Além de voar, voa em grupo e é capaz de percorrer longas distâncias revezando a liderança da revoada.
Quando nada apresenta sublime serenidade à superfície, entretanto sob a água as patas em turbilhão. Autocontrole absoluto.
Por fim, é capaz de alçar voo à partir da água!
Para uma perspectiva bípede, onde a andar tem como auge a corrida, voar é algo intangível.