REVISTA PARATUDO

Por dentro do cenário da cerimônia do Oscar 2019

por | fev 26, 2019 | Paratudo | 0 Comentários

Embora o tapete vermelho seja o grande destaque de qualquer cerimônia do Oscar, neste domingo, 24 de fevereiro, as conversas provavelmente também se voltarão para a elaborada estética da montagem do palco. Isso porque a Academia recrutou o premiado diretor criativo e designer David Korins (“Hamilton” e “Dear Evan Hansen”) para ajudar a orquestrar um cenário que não só irá combinar com o glamour da maior noite de Hollywood, mas também fará uma declaração aberta sobre a situação político-social do mundo contemporâneo.

“Eu analisei profundamente o mundo de hoje, e, independente de onde você esteja [politicamente], está bem claro que existem problemas sociais e econômicos em vários países”, diz à Architectural Digest. “Eu queria fazer algo que fosse uma declaração distinta sobre inclusão.” Para trazer sua visão de inclusão à vida, Korins, ao lado da Swarovski, criou quatro projetos que irão reinar no palco do Oscar: uma instalação em forma de nuvem chamada de “Nuvem de Cristal”; uma formação de fita de três metros de altura e 16 metros de largura chamada de “Crystal Swag”; e dois “Crystal Presenter Backings”, que aparecerão diretamente atrás dos apresentadores de prêmios.

“Nós construímos uma instalação suave, bonita, abrangente e assimétrica, que envolve literalmente o público”, diz Korins. “É uma declaração de inclusão, é sobre a comunidade de criativos presentes na cerimônia e, também, sobre os espectadores, que por meio das câmeras de transmissão poderão se sentir acolhidos.” A Nuvem de Cristal é composta de milhares de cristais feitos à mão compondo uma estrutura não-regular, que estará flutuando sobre o palco. O Crystal Swag, por sua vez, terá uma forma arquitetônica diferente, mais estruturada, com torções e espirais que fazem parecer quase uma cortina de gotas de chuva. “Acho muito interessante poder trabalhar com a Swarovski, porque, o que você desenhar, ela pode construir”, diz ele. (A Swarovski tem um relacionamento de longa data com o Oscar, e com Hollywood em geral, que remonta a Blonde Venus de 1932 e se estende a filmes recentes como Bohemian Rhapsody, de 2018.)

“Eu queria propor algo que parecesse orgânico, natural, icônico e elegante”, diz Korins. Por isso, além dos 41 mil cristais, ele também propôs o uso de 40 mil rosas vermelhas verdadeiras. “As flores tem um calor implícito. Nós as vimos em tapetes vermelhos e em desfiles de moda, mas eu nunca as tinha visto em premiações, e senti que elas poderiam enriquecer o palco em termos de textura.” No final das contas, Korins diz que a coisa mais importante é entregar uma estética que ajuda não só a unir toda a cerimônia, mas também leva os espectadores a pensar além do que estão vendo na tela.

Via Casa Vogue

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ISSN 1018-4783

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