A campanha de valorização do professor do governo federal parece brincadeira. Uma brincadeira de mau gosto. Apresenta um argumento interessante que relaciona o desenvolvimento à educação. Veja o vídeo.
Mas como vamos nos desenvolver se a nossa educação é composta por uma estrutura frágil e abandonada. Basta ver quanto pagam aos nossos professores, uma miséria.
Como um professor que ganha 800 reais por mês pode se qualificar, atualizar e ser um profissional de excelência para contribuir com o desenvolvimento do país. Com um salário como esse não dá para fazer muito. Veja parte do artigo de Cibele Gandopho
“Segundo a Organizacão das Nacões Unidas para a Educacão, a Ciencia e a Cultura (Unesco), o salario medio do docente do ensino fundamental em inicio de carreira no Brasil e o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 paises desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual medio de um professor na Indonesia e US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro.”
O que não dá para entender é uma propaganda como essa antes de moralizar uma questão básica na vida de qualquer profissional: O salário. É ele que determinará a capacidade de investimento do professor em sua profissão, carreira e finalmente nas aulas. Com um discurso incoerente com a prática fica difícil pensar em desenvolvimento como os países citados na propaganda.
Venha ser professor…sei não…parece brincadeira?
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