Estamos alienados: a cidade nos é alheia. Passamos todos os dias pelas mesmas ruas, entramos nos mesmos edifícios, olhamos os mesmos monumentos, o que muitas vezes não representa quase nada para nós.
A força da rotina força o habitante urbano a se esquecer do próprio urbano. Mas a cidade é a cidade e está ali por diversas razões e vontades que culminam num todo complexo. Seu meio físico é rico de diversos significados; Nós moldamos a cidade.
Nesse contexto, a Deriva do Bem é um projeto de grandíssimo valor. Capturando imagens da cidade, é possível abstrair de maneira muito mais detalhada cada expressão do meio urbano.
As fotografias e, principalmente, o ato de andar e observar pelas ruas nos permite nos integrar de uma forma única à NOSSA cidade, muitas vezes despercebida.
A edição de Campinas (minha primeira) foi fundamental para uma melhor experiência da observação da complexidade, da beleza e até dos problemas presentes no bairro, na sua relação com as pessoas e na relação das pessoas com elas mesmas nesse local. Com isso, também foi possível aprender sobre a importância da prevenção da antiga arquitetura noveau presente em Goiânia, presente desde sua fundação, pois seu pontos mais veementes encontram-se dispersos pela cidade, enquanto os locais “menos importantes” foram engolidos por comércios e fachadas.
A cidade é olhada e não percebida. O projeto Deriva nos ajuda a mudar esta realidade.
REVISTA PARATUDO
Expoderiva 2017 – Campinas, Go – Felipe M.R. Bauer
EDITO RIAL
A Revista Paralax é também fruto da construção criativa e responsiva do Paralelo Amarelo: plataforma que comunica arte, cultura, arquitetura, urbanismo, design e fotografia, com uma ênfase em nossa produção regional.
ISSN 1018-4783
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