Outro dia fui procurado por alguns alunos do curso de química da UEG. Era um grupo de alunos que estavam organizando a IVSemana de Química. Pediram-me para fazer uma arte do cartaz. Eu disse que estava sem tempo, já temendo a facada nas minhas poucas horas de folga, mas não resolveu muito. Insistiram. Em um determinado momento da conversa falei que tinha custos e que nem se quisesse poderia fazer de graça. Pediram para que eu fizesse uma “doação dos serviços”. Comecei a ficar muito arrependido de não ter terminado a terapia e saber dizer um “NÃO” bem legal sem culpa.
Vim para casa com a missão de fazer a arte para a semana. Pensei, pensei e aí surgiu uma idéia de montar um composto quimíco tridimensional. Tratava-se de um metano, que tinha quatro elementos, perfeito para a VI Semana. Fiz a arte de forma simples destacando o elemento tridimensional, que fui atrás, fotografei, tratei a imagem etc.
Enviei por email. Duas semanas depois na mesma UEG vem um grupo ainda maior “conversar” comigo sobre a arte “grátis”.
Para meu espanto apareceram com umas imagens da internet… solicitando algumas alterações. Depois vieram me pedir mais três estudos.Fiquei repassando os momentos de montagem do objeto que eu fotografei, do tratamento das imagens, da escolha de fontes, da escolha do fundo, enfim do design gráfico.
Quero dizer aos estudantes de química que o fato de um cidadão comum usar produtos químicos não o faz um perito em química. Portanto não posso discutir com um químico sobre tais componentes, e nem pedir para que altere esse ou outro item da composição. Uso shampoo todos os dias mas não posso e nem quero discutir sobre tais componentes. Vocês manipulam imagens na internet e se acham designers? Abrem o corel, alteram letras e se acham os tais…legal…
Grilei, educadamente e disse que não poderia fazer outros estudos, pois estava muito ocupado mesmo, ao que me responderam que usariam minha arte se eu ainda concordassem. Disse que se não houvesse alteração do que eu fiz, tudo bem.
Mas semanas atrás me deparo com um cartaz da semana de química, mas óbvio que não era o que eu havia desenvolvido, os estudantes de química fizeram uma outra arte e não me enviaram nenhum email dizendo que a minha proposta não servia.
Valeu a lição.
De grátis…nunca mais mesmo.
O que mais me dá ÓDIO: e que sempre chega gente me pedindo serviços grátis. De que eu vivo? De brisa? De luz? Se vc me pede o tal 0800, você esta me chingando de vagabundo. As vezes até quero fazer o “grátis” no sentido de investir no sujeito que pediu. É: Eu dando meu trablaho é mesma coisa de estar dando dinheiro pra causa. Design não é gasto é investimento. Quem não entende nunca vai crescer. E os custos? Éeeee! O que é “Grátis”? Quem vai pagar a lógistica dessa tal arte “de graça”. Bráulio cuidado! Uma coisa é doar sua arte, seu trabalho intelectual OUTRA e vocês ser ludibriado e pagar pra trabalhar. O cartaz que vc fez tá ai no post. Eles perderam por não saberem conversar, e tentartem resolver de forma equívoca. Quem vai pagar está arte? Ah! É de graça! Ok! Mas e o material que vc gastou, a energia que alimentou seu computador, o gáz que vc usou pra correr atraz. A máquina digital enfim todo este esforço pra você fugir das imagens toscas da net e fazer um trabalho autoral e inédito pra eles…
Por acaso vc ja recebeu injeção na testa?? Não?? Nem de graça???
Pois é, nem injeção na testa tem gente dando de graça e vem um grupo de “fanfarrões” pedindo serviço “0800”?
¬¬
Me uno a vc nesse protesto!!!
hugs
Valeu Alb, como sempre fatal…abraço.
Nem na testa e nem na bunda…tô fora mesmo…saco.
Pelo fim do 0800…rs
Valeu Pri.