Recebi o breve texto de um amigo por email. Pode ser até batido na net, ou como muita coisa que acontece na net : pode nem ser verdade, mas gostei do conteúdo e coloco aqui no meu blog.
Eis o texto:
Breve diálogo entre o teólogo Leonardo Boff e o Dalai Lama.
Leonardo Boff explica:
“No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:
– “Santidade, qual é a melhor religião?”
Esperava que ele dissesse: “É o budismo tibetano” ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo.”
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos – o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta – e afirmou:
– “A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor.”
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
– “O que me faz melhor?”
Respondeu ele:
– “Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável… A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião…”
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.”
“Que fazeis de especial?”
Jesus (Mateus, 5:47)
Só para constar o texto bíblico do Evangelho de Mateus no capítulo cinco é um dos meus textos favoritos da escritura – O Sermão do Monte. Vale a pena ler todo o conteúdo, para ver que compassividade, sensibilidade, desapego, humanidade, responsabilidade e amor, são conteúdos do sermão que Jesus proferiu.
http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/5
A religião é verdadeira se ela criar o poeta em você. Se ela matar o poeta e criar o pretenso santo, ela não é religião: é patologia, um tipo de neurose vestida com termos religiosos.
A verdadeira religião sempre libera a poesia, o amor, a arte, a criatividade em você, ela o deixa mais sensível. Você pulsa mais, seu coração tem uma nova batida, sua vida não é mais um fenômeno monótono e trivial. Ela é uma constante surpresa, cada momento abre novos mistérios.
A vida é um tesouro inesgotável, mas somente o coração do poeta pode conhecê-la. Não acredito em filosofia, não acredito em teologia, mas acredito na poesia.
Osho, em “Osho Todos os Dias – 365 Meditações Diárias”