Tem tomado força nos últimos anos o chamado por mais equidade e por maior representatividade, a partir da consciência de que os espaços de decisão na arquitetura e no planejamento urbano representam historicamente visões e interesses de grupos restritos e pouco diversos, que não refletem completamente as reais necessidades da maioria dos cidadãos e cidadãs.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), enquanto promotor da arquitetura e urbanismo para todos e todas, tem ampliado a percepção de seu papel no fomento à equidade como vetor de transformação social. Como descrito nas diretrizes da União Internacional dos Arquitetos (UIA):
“É fundamental que os arquitetos tenham a capacidade de compreender e responder às diversas necessidades dos clientes e da comunidade como um todo. Esse objetivo será mais facilmente alcançado quando todas as esferas da profissão refletirem a diversidade da sociedade.” (UIA)
Desde os primeiros levantamentos realizados pelo Conselho sobre a presença da mulher na arquitetura e urbanismo, a participação feminina na profissão tem sido crescente e tende ainda a aumentar, considerando que quanto menor a faixa etária, maior a proporção de mulheres.
Atualmente 2 , do total de 196.825 profissionais registrados no CAU, 126.638 são mulheres (64,34%) e 70.187 homens (35,66%). Na faixa de até 29 anos, as mulheres chegam a representar 76% dos profissionais ativos.
As mulheres são também maioria em 25 das 27 Unidades da federação, lideradas por Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Alagoas, onde elas representam 73% dos profissionais ativos. Em todos os estados e no Distrito Federal, esse percentual aumentou no último ano.
A decisão de uma rede de mulheres em ocupar os espaços decisórios da profissão fez com que o número de conselheiras estaduais eleitas para o triênio 2021-2023 aumentasse 17% em relação à gestão anterior. As mulheres já são maioria na maior parte dos Plenários estaduais e houve um aumento global da representatividade feminina nos quatro primeiros mandatos desde a criação do Conselho.
Pela primeira vez na história, seis das sete entidades são presididas por mulheres. No caso do CAU Brasil e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que este ano completa 100 anos de história, a presidência feminina é um fato inédito.
Ademais, a Revista Projeto trás mais discussões sobre o tema em seu artigo. Vale apena conferir!
VIA REVISTA PROJETO
_________________________________
Editora: Maria Karolina Milhomens
0 comentários