REVISTA PARATUDO

“As Cidades Invisíveis” de Italo Calvino ilustradas por Karina Puente

por | jul 24, 2020 | Paratudo | 0 Comentários

A arquiteta Karina Puente, de Lima, tem um projeto pessoal: ilustrar cada uma das “As Cidades Invisíveis” do romance de 1972 de Italo Calvino. Sua coleção inicial, que publicamos em 2016, apresentou as cidades do capítulo As Cidades e a Memória. Esta última série ilustrações, desenhada principalmente com nanquim sobre papel, reúne uma outra seqüência de lugares imaginados – cada um referenciando uma cidade imaginada no livro.

O livro As Cidades Invisíveis, que imagina conversas fictícias entre o explorador veneziano Marco Polo e o antigo governante mongol Kublai Khan, têm sido instrumentais na formulação de abordagens do discurso urbano e da forma da cidade. De acordo com Puente, “cada ilustração tem um processo conceitual, alguns dos quais levam mais tempo do que outros”. Geralmente “eu pesquiso, penso, e reflito sobre cada cidade por três semanas antes de fazer esboços.” Os desenhos finais e recortes levam cerca de uma semana para produzir.

Em uma entrevista com o Kindle, Puente afirmou como ela considera as cidades “absolutamente incríveis”, ainda mais se forem metrópoles e megalópoles. “Estou interessada em todas elas, minúsculas, enorme, históricas, criativas, problemáticas ou cosmopolitas, cada uma tem algo digno de admirar. Uma das coisas que me interessa profundamente é a poderosa troca de conhecimento que acontece nas cidades e o diverso intercâmbio sociocultural que testemunhamos. Quanto mais agitada é uma cidade, mais interessante para mim, há algo mágico em pessoas que vivem juntas.”

Puente continua: “Eu poderia dizer-lhe como decidi fazer Anastasia, que é parte do capítulo Cidades e Desejo. Anastasia é uma cidade de engano. Calvino fala sobre como você acha que você está feliz vivendo dentro dela, mas você realmente não está.” A cidade no topo é uma cidade feliz, com pipas e ruas elevadas, enquanto lá embaixo há uma cidade mineira, sem luz e onde você tem que trabalhar o dia inteiro e e permanecer preso, neste caso, os sonhos e os desejos são representados no topo e o medo é representado no subsolo.”

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Via ArchDaily

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ISSN 1018-4783

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