O texto ‘Algumas Notas sobre a Síndrome Archigram’, de Peter Cook, é o símbolo da arquitetura no início da era da reprodutibilidade em massa. Publicado pela primeira vez pela Perspecta 11 – Yale Architectural Journal de 1967 e republicado no livro ‘Textos de Arquitectura de la Modernidad’ de 1999, o texto retoma a partir do olhar do autor a cronologia e as consequências do pensar e fazer arquitetura proposto pelo grupo Archigram – publicação anual que deu origem ao coletivo de arquitetos de mesmo nome.
O grupo destaca-se como marco de transformações do pensamento da cidade, da representação, da arquitetura e do saber tecnológico aplicado ilimitadamente dentro da sua produção. E, dessa forma, fazendo com que suas elaborações não sejam isoladas, mas sim vinculadas às principais manifestações artísticas na Inglaterra e nos EUA – com o Independent Group e as ondas de ‘contracultura’. O terreno fértil para experimentação de projetos fez com que o futuro desejado pelo Archigram começasse a ser construído desde 1961 – com o lançamento da primeira revista Magazine 1. O grupo acreditava que o formato da revista se estabelecia como possibilidade de divulgação de suas ideias utópicas; de exposições de projetos dos membros em manifestações de distintas expressões; de ser um vínculo com a comunicação que tencionava a conexão entre tecnologia e o homem, e promover uma procura de novos olhares do fazer arquitetônico.
Ao longo da trajetória, Archigram consegue reinventar as possibilidades da representação arquitetônica. A Magazine 2 (1962) é o início de especulações da representação não mais vinculada a um carácter técnico e escolástico – plantas, cortes e elevações. Já nos primeiros esboços projetuais de membros do grupo é possível observar uma nítida intenção de apropriações com colagens, desenhos e fotografias feitas pelo Independent Group.
Vale apena conferir o que mais esse grupo acrescentou para a arquitetura moderna! Vale o Clique!
VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens
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