Tempo

O tempo parece durar mais do que deveria, ao passo que os segundos, tão escorregadios, escapam velozmente. Confronto-me, constantemente, com os opostos, que parecem não ter definido qual deve prevalecer.

Qual a medida certa para ser coerente? O equilíbrio entre os opostos ou a supressão do inconveniente? Nem sempre a conveniência apoia o justo, talvez por ser a justiça o veneno do incoerente. De que lado, então, devo lutar? Do malandro que vence o jogo ou do correto que é fraco? De que modo devo enfrentar? Com punhos violentos e grotescos ou com a verdade que irrita os covardes? Como devo encarar o mundo? Com minhas máscaras fingindo sanidade ou com meu rosto justo e imperfeito? E qual o sentido em ser perfeito sendo artificial? Por que o que é natural não pode possuir perfeição? Por que seguir este caminho forjado com obstáculos que nos roubam as virtudes humanas e as convertem em qualquer outra coisa que não sei descrever?

Ó tempo, tu és a minha coerência, mesmo que não seja esta tua aparência. Suprimo o caos que o covarde instaura em teu seio para que possas tu, mostra-te meu melhor guerreio!

Gabriela Silveira.

Gabriela é arquiteta, formada pela UEG, mas sua melhor apresentação é o seu texto abaixo:

Gabriela Maria Silveira, muito prazer.

Habitante do Planeta Terra, filha do meu chão Brasil, goianiense que fala goianês mês, com muito orgulho.
Filha única, nem por isso egoísta e mimada, como muitos dizem que filho único é,
Minha melhor amiga é a minha mãe, com quem moro no mesmo quarto há quase vinte anos.
Gosto do que é simples e de simplificar o que não é.
Escolhi ser arquiteta porque gosto de, ao menos tentar, dar um jeito nas coisas. A começar pela minha própria vida. Gosto de inventar minhas próprias soluções.
Sou um pouco teimosa, às vezes ditadora! Se me contrariar, olho com o olhar do torturador que na hora da tortura descobre que não vai mais torturar, rsrs, como disse uma vez a minha mãe.
Mas é meu jeito de manter a ordem e o controle. Mas sou muito calma.
Sou observadora de nascimento mesmo, e às vezes, pareço ter uns dez olhos na cabeça.
Minhas lutas mais terríveis, geralmente, travo em silêncio, mas aprendi a reconhecer que em cirscuntâncias extremas atitudes extremas são necessárias.
Gosto de ser do jeito que sou, embora muitos insistissem que eu fosse diferente.
As únicas verdades absolutas que aceito são as minhas próprias, não costumo concordar com tudo o que leio, por isso raciocino e escrevo muito, embora depois me desfaça de muitos escritos. rsrs. Os entulhos da vida.
E escrevo como que esporte, para simplesmente raciocinar com mais propriedade, para lembrar de não esquecer, para criar minhas receitas, para incentivar os amigos e para reforçar aquilo que acredito quando é difícil acreditar.