Paulo Mendes da Rocha revistabrasileiros.com.br

Aproveitei para dizer para os calouros sobre a importância da maquete física como elemento de desenvolvimento do projeto. Maquetes de estudo, simples, dobraduras, terrenos de papelão, tudo na escala, é claro, mas maquetes que tenham como objetivo aferir proporções, verificar a proposta espacial na linguagem própria da arquitetura – as três dimensões.

Temos experimentado uma pressão do mundo da imagem facilitada e mediada pelos programas de modelagem computacional. Viva o Sketch up e tantos outros, mas lembrem-se nada substituirá o estudo tridimensional da forma através de um modelo tridimensional.

A maquete física é instrumento de trabalho do arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha. Um curso ministrado em Curitiba virou um livro. Penso ser um bom ponto de partida para quem começa os estudos em projeto.

Outro arquiteto que utiliza a maquete física no processo de seu pensamento espacial é Frank Gehry. Alguns de seus projetos são conhecidos pelas maquetes desenvolvidas.

Tive o prazer de ser professor de uma disciplina na UEG com dois outros colegas, os arquitetos José Renato de Castro e Silva e Fernando Camargo Chapaderio. Nesta disciplina de projeto no 4º período desenvolvemos algumas metodologias de ensino de projeto que enfatizava o uso da maquete física com um dos meios de desenvolvimento do projeto.

Professor José Renato desenvolveu anos depois um belo texto para sua especialização em docência universitária.  Vale o clique para ver, em um capítulo final, o registro de um excelente projeto desenvolvido pela arquiteta, na época estudante, Dayane Vieira da Silva.