REVISTA PARATUDO

Engenheira constrói casa de taipa .

por | abr 1, 2012 | Paratudo | 2 Comentários

Formada em engenharia, com mestrado em arquitetura, doutorado em engenharia civil e professora associada do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP (Campus São Carlos), Akemi Ino colocou a teoria em prática ao construir a própria casa de forma sustentável.

A residência, com 194 m2, instalada em um condomínio de alto padrão em São Carlos (SP), foi erguida pelo sistema de taipa de mão, o velho e conhecido pau a pique, que consiste em uma trama de madeira ou bambu, preenchida com uma mistura de barro amassado e fibras vegetais.

A taipa, segundo os especialistas, é uma excelente opção para quem deseja isolamento térmico, adota materiais que não apresentam o processo de queima e o desperdício é praticamente nulo, uma vez que o barro não usado pode ser reaproveitado.

Akemi buscou parceiros na região para recrutar profissionais especializados. Mas a mão de obra teve que vir da Bahia, aumentando o custo. A construção, que levou 21 meses para ser concluída, custou R$ 240 mil, sendo R$ 110 mil com mão de obra, 30% superior ao gasto normal.

Akemi entregou o projeto e o acompanhamento da obra ao escritório Ipê-Amarelo Arquitetura e Engenharia, também de São Carlos, especializado na área e um dos responsáveis pela ampliação da sede da certificadora Imaflora.

As madeiras usadas no piso são de reflorestamento, processadas pela Marcenaria Madeirarte, de Itapeva (SP), um empreendimento de economia solidária, só de mulheres, resultado do Projeto Inovarural voltado à construção de casas no assentamento rural coordenado pelo Grupo Habis, do qual Akemi é coordenadora.

As madeiras do forro, por sua vez, são certificadas e foram adquiridas de uma comunidade indígena, enquanto as janelas foram feitas com madeira nativa de origem comprovada.

Para diminuir o consumo de energia, a construção aproveitou ao máximo a luminosidade natural, além de contar com dois painéis de energia solar que. A água da chuva também é captada por meio de calhas no telhado e armazenada em um reservatório de 10.000 litros, que serve para abastecer três banheiros. Akemi ainda reutiliza a água cinza da cozinha na rega do jardim e da horta. “Mesmo usando a banheira uma vez por semana, consumimos apenas 9 m3 de água, o equivalente a R$ 12,00″, conta.

Fonte: Valor Econômico

EDITO RIAL

A Revista Paralax é também fruto da construção criativa e responsiva do Paralelo Amarelo: plataforma que comunica arte, cultura, arquitetura, urbanismo, design e fotografia, com uma ênfase em nossa produção regional.

ISSN 1018-4783

Compartilhe conosco sobre seu trabalho.

Você tem uma pesquisa, artigo, crônica ou projetos específicos, compartilhe.

2 Comentários

  1. Unknown

    Marcelo,
    Não encontrei nenhuma foto da casa.
    Mas estou pesquisando.

    Responder

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *