Ouvia músicas cristãs a maior parte do tempo.
Assim cresci ouvindo Vencedores por Cristo, Grupo Logos, Wesley e Marlene, Grupo Sonoros e depois já na adolescencia ouvia o Janires, Banda Azul, Expresso Luz, Caminhar, Rebanhão entre outros. Naquele tempo não existia o glamour da música gospel de hoje. Verdade também que as músicas produzidas por esses que eu citei acima, e mais outros tantos, tinham qualidade de letra, melodia, harmonia e arranjos.
Mas ouvia muito música que não era cantada na igreja:
Em especial Luiz Gonzaga e Rolando Boldrim. Sem perceber meus pais acabaram formar meu gosto musical – que a cada dia se mostrava mais exigente – na maioria das vezes chato.
Ouvia com muito humor as letras irreverentes do Rei do Baião – minha mãe um pouco mais conservadora, não gostava de algumas – por exemplo o Pagode Russo:
Ontem eu sonhei que estava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou (bis)
Parecia até um frevo
Naquele “cai e não cai”
Parecia até um frevo
Naquele “vai e não vai”
Vem pra Coça
Cossaco dança agora
Na dança do Cossaco
Não fica Cossaco fora
Mas me deliciava com aquele jeito de fazer música, alegre, espontâneo e feita para o povo.
Quis até tocar acordeón, uma época, mas logo passou.
De outro lado ouvia atentamente as canções do VPC que embalava toda uma juventude no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Eu era pequeno, tinha lá uns 8 a 10 anos mas já curtia aquela sonoridade meio ‘rebelde’ dos Vencedores Por Cristo.
Sua canção Deus é Real do Lp Se eu fosse contar… que dá nome ao LP dos Vencedores, embalou muitas reuniões de juventude – ou de mocidade.
Se eu fosse contar o que, de alguém, ouvi,
Poderia um detalhe esquecer.
Pois quando se conta algo que não se viu,
Muita gente, talvez, não vá crer.
Mas o que senti com o toque da fé,
E até com os olhos da alma eu vi.
Dê um tempo e escute, verá afinal,
Que o Deus que eu achei é real.
O Deus que o mundo, tão lindo, criou
Muito amou a você e a mim.
Por isso, Seu Filho, ao mundo mandou
Nos trazer salvação que é sem fim.
Mas o que senti com o toque da fé,
E até com os olhos da alma eu vi.
Deixa claro, Ele vive em meu coração,
Encontrei seu perdão e a paz sem igual
Digo, então, que meu Deus é real!
sim, Deus é real! Deus é real!.
Quando foi lançado o filme – Gonzaga de Pai para filho – fiz questão de ir assistir com o meu pai, e foi impossível segurar as lágrimas ao ouvir a canção Qui nem Jiló.
O amor que a gente um dia a gente perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade intonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar
Saudade, o meu remédio é cantar
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