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Grafitti de José Augusto Iowa |
Leia o texto que foi publicado ontem no blog do poeta Alexandre Marino – Poesia Nômade.
Deixar o olhar se perder à deriva nessas cidades que se multiplicam dentro da cidade. No sábado, 17, um grupo de pessoas vai percorrer o centro de Goiânia com o espírito aberto para essa cidade que é de cada um e é de ninguém. Uma cidade inventada por um olhar pessoal. É a Deriva Fotográfica do Bem. O objetivo é descobrir a cidade imaginária de cada um. Vamos nos encontrar no coreto da Praça Cívica, às 8h, para a partir daí recriar em imagens a cidade que se expuser (ou se esconder) aos nossos olhos.
Na sexta-feira, 16, vamos conversar sobre o que será, o que não será, o que poderá ser essa expedição que espera apenas a surpresa. Participarei de um bate-papo com a arquiteta Marcia Metran e o fotógrafo Helio de Oliveira, quando tentaremos convergir nossas visões pessoais sobre a cidade e tentar compreendê-la sob o olhar da arquitetura, da fotografia e da poesia. Será no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), a partir das 20h.
Vou apresentar aos participantes da Deriva o meu livro Exília, criado a partir do sentimento de desenraizamento que atormenta o artista e o cidadão comum e que representa a tentativa de explicar esse lugar que só existe dentro de cada um de nós, como um refúgio pessoal e utópico. E tentar compreender a poesia como ferramenta para criar espaços mentais e espirituais que nos salvem de um mundo inóspito e devorador.
A Deriva nasceu em 2008 como disciplina do curso de Arquitetura da Universidade Estadual de Goiás (UEG), e depois passou a acontecer de maneira informal, sob a coordenação do arquiteto e professor Braúlio Vinícius Ferreira. Os inscritos doam litros de leite para a Missão Pão e Vida, entidade que apoia moradores de rua e dependentes de drogas. As imagens e textos que resultarem dessa experiência serão publicados no site da Deriva.
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