Em abril de 2015, um terremoto de 7.8 pontos de magnitude atingiu o Nepal, com o epicentro localizado a apenas 80 quilômetros da capital, Katmandu. Desastres naturais nesse nível sempre são devastadores, mas alguns especialistas apontaram – além do impacto natural – as construções irregulares como um dos catalisadores da tragédia. O escritório de arquitetura SHoP Architects, de Nova Iorque, anunciou recentemente uma parceria com duas organizações de cunho social: a Kids of Kathmandu e a Asia Friendship Network, com o objetivo de auxiliar na reconstrução da cidade, erguendo 50 novas escolas nas áreas mais atingidas pelo terremoto.
Muitas dessas 50 escolas ficam localizadas em regiões remotas, então grande parte dos materiais são fáceis de encontrar e baratos – como tijolos de barro – e o projeto é flexível o suficiente para se adaptar às condições específicas do local. Em termos de composição estrutural, a SHoP projetou os edifícios para que seu fundamento seja de concreto, e o telhado seja de treliça de aço. O objetivo é fazer com que as escolas sejam mais resilientes no caso de um novo terremoto. Enquanto isso, energia solar, sistemas de purificação de água e internet wireless farão parte dos prédios – com o intuito de que estejam disponíveis ao restante da comunidade se outros desastres naturais vierem a ocorrer no futuro.
A SHoP também planeja compartilhar o projeto das 50 escolas, para que outras organizações possam utilizá-lo como ponto de partida para construções e iniciativas com objetivos similares. Essa opostura “open-source” para a arquitetura humanitária está evoluindo em outros lugares também. O arquiteto japonês Shigeru Ban – que possui um histórico de construções para alívio em desastres, como um abrigo de papel nas Filipinas – afirmou em entrevista para Reuters que deseja que mais e mais organizações copiem o seu trabalho.
Confira!
Via Canhotices
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