O que nos faz deambular pelos caminhos descompromissadamente, é o prazer da fruição da paisagem. Nunca sabemos ao certo o que esperamos encontrar e nem o porquê preciso de sermos tocados por determinados elementos da paisagem. Quando olho para essas fotos, tento encontrar o fio condutor que as une, e isso não é uma tarefa fácil, nem sei se existe e pode ser que essa seja uma interpretação do meu momento presente para esse meu momento passado. O que percebo é que me encantam os detalhes de Goiás. Não meros detalhes decorativos, mas detalhes de vida, uma vida peculiar à Vila Boa. A sobriedade da arte do ferro às pedras; o portãozinho entreaberto dizendo “é só chegar”; a beleza diversa e mesclada do mercado, que nos evoca uma infância já não existente em nossas cidades natais; os postes tradicionais, que emoldurados pela serra ao fundo, nos lembram a cidade humana da escala dos pedestres e, por fim, a plantinha que, com toda a secura, insiste em crescer entre os muros de pedra da cidade colonial, representa a garra do povo do Cerrado.
REVISTA PARATUDO
Expoderiva 2016 – Cidade de Goiás – Carina Folena
Carina Folena Cardoso
			EDITO RIAL
A Revista Paralax é também fruto da construção criativa e responsiva do Paralelo Amarelo: plataforma que comunica arte, cultura, arquitetura, urbanismo, design e fotografia, com uma ênfase em nossa produção regional.
					ISSN 1018-4783
 
			 
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