O Arquicast convidou para uma conversa uma equipe que é a expressão de uma nova visão sobre a arquitetura e seu poder articulador para idealizar e executar projetos transformadores. São pessoas que fazem parte de uma geração de profissionais que, sem dúvida, irá mudar o eixo de interesse pelo nosso ofício e serão exemplos para muitos jovens brasileiros que sonham em cursar uma faculdade de arquitetura e urbanismo ou mesmo outras disciplinas que podem contribuir para uma nova prática nos seus lugares de origem e afeto.
Estamos falando de Ester Carro, da ONG Fazendinhando, criada no Jardim Colombo em Paraisópolis, São Paulo. Participam também o diretor financeiro da ONG, Erik Luan e Kamilla Bianca responsável pelo marketing do projeto.
A história de construção da Fazendinhando é, por si só, uma vitória. O fato de a Arquitetura, enquanto um campo cultural, ser associada a uma classe privilegiada, foi quase um desestímulo para a Ester escolher cursar a faculdade. Mas ela teve alguns incentivos e exemplos de profissionais que a ajudaram a romper com os paradigmas que sempre estruturaram socialmente a disciplina.
O projeto do Parque Fazendinha surge com o envolvimento da população da Vila, mas não aconteceu de forma instantânea. Foi uma confiança que veio crescendo ao longo do tempo e precisou de uma série de iniciativas, como os mutirões e os festivais de cultura, até que se tornasse uma colaboração consolidada. A diversidade de pensamento e a participação comunitária são princípios fundamentais de projetos sociais bem-sucedidos, mas de difícil implementação efetiva. É preciso querer ouvir e é preciso querer muito!
VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens
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