Este artigo, escrito por Julio Lamas, foi originalmente publicado na página Planeta Sustentável em julho deste ano com o título: 2036, o ano em que Las Vegas pode sumir.
“É difícil imaginar um oásis maior que Las Vegas” diz uma das citações mais famosas sobre a cidade, conhecida na cultura popular por seus luxuosos cassinos e hotéis. Mas a verdade por trás da frase é que esse oásis, o maior centro urbano de Nevada e 30º dos EUA, está secando de maneira lenta e agonizante por conta de sua expansão e seu consumo desenfreado. Para alguns especialistas em recursos hídricos, a Cidade do Pecado corre o risco de desaparecer até 2036 se não encontrar mais água. Como a cidade de São Paulo, que vê suas duas principais reservas de abastecimento se esgotarem, Las Vegas tem investido na busca por soluções, algumas consideradas radicais. “É uma situação tão séria quanto o furacão Katrina ou a supertempestade Sandy”, descreve um comunicado da Autoridade para Água do Sul de Nevada*. Bilhões de dólares estão em jogo.
Na última década, a população de Las Vegas saltou de 400 mil para 2 milhões de pessoas. O turismo, que responde por 70% da economia local e 46% da força de trabalho ativa, não para de crescer. Dados consolidados de 2013 mostram que mais de 39,6 milhões de pessoas visitaram a cidade no ano passado. E, em consequência, o consumo de água dispara. Em média, para cada morador são consumidos 219 galões (cerca de 829 litros) de água por dia. Na cidade de São Francisco, na Califórnia, que tem proporções semelhantes, a média é de 49 galões por habitante/dia. Confira!
Via ArchDaily
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